terça-feira, 13 de abril de 2010

Ternura de um susurro

Agora que a minha vida deu uma grande volta, novos projectos se avizinham e preparar-me para eles é um ganho de consciência adquirido. Uma vez mais, o meu coração expande e dessa receita de sentimentos eis que surge um susurro. Conta-mo o vento num assobio terno. Tudo aquilo que o vento me disse eu vos digo a vós também:

Lábios de seda,
Perfume de céu,
Um toque de amor,
Uma nuvem de véu.

Um olhar penetrante.
Um beijo selado.
Se tão mais tal for errante,
Esse amor arde ao meu lado...

Na calada desta noite
E para segredo de um Deus,
Eu te sinto! Eu te vivo!
Até mais e sem adeus...

E se nem o amor dita,
Um sentir tão superior,
Sejamos ambos a bendita,
Fala ao que sente o calor.

De alma, corpo e coração,
Ou até um algo mais...
Mas não há orgãos que ditem
O sentir dos imortais.

Se o amor houvera visto
Tudo ou mais do que sentimos,
Ainda mais neste imprevisto
Do sentir em que sorrimos.

Sobre o amor a ti te ponho,
E assim tão acordados,
Vive em mim, vive o meu sonho
De dois seres apaixonados.

No meu mar se acalmem ondas!
No meu céu se acalme o vento!
Pois deix'o mar e o vento sentir,
A magia deste momento.

Para sempre e até então
Que eu me sinta superior,
Vem-te a mim, dá-me a mão,
Se é meu teu tão mais que amor.

A ti venero ó minha rainha;
E te diz coração consolado
Que nas estrelas, no infinito,
Para sempre estarei ao teu lado...

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