domingo, 9 de maio de 2010

Cruel Verdade

São minhas palavras sentidas
São meus os segrados guardados
E dessas verdades perdidas
Trazem de novo mundos mudados

Oh tão cruel culpa da verdade
Naquilo que me tornaste
Tão vil tua de ser a vaidade
Que a duas vidas condenaste

Te repito vil e se possa mais
Por me teres assim em desdém
Te prego em cruz e sofram os tais
Pois a verdade não honra ninguém

Inconviniência talvez no acaso
Mas ainda assim não quero saber
Te culparei, ó triste atraso
E talvez assim possa esquecer

Mas nem por mim eu sofro tanto
E prendes aqueles a quem sorri
Prende o meu coração entretanto
Pois se é assim, eu já morri

E nem em tanto palavras se cumpram
Pois ao vil chronos te juntaste
Deixai ao vento que nos partam
E nele se fique o que tu separaste

Triste e frio é o meu caminho
Se busco forças na escuridão
Ao caminhar, corro sozinho
Ao me deitar foge a emoção

Volte o tempo ou fuja a verdade
Resolvam ó deuses o meu tormento
Se me enraivece a tua saudade
Pior me mata teu sentimento

Passado agora já não interessa
Pois da verdade me calei
E até que se volte mais calmo à pressa
Mais verdade eu não direi

Calado em vida assim serei
Por não perder tanto por isso
E assim no fim melhor farei
Se me tomar por vil submisso

Não me tente o povo por condenado
Se a razão é tão sublime
Mentir por medo não é pecado
Mentir-me a mim tão pouco é crime

Entrego a alma se for preciso
Pois só eu sei me custa o quanto
Não ver mais o teu sorriso
Nem sorrir ao teu encanto

E é último o meu rugido
De dor, angústia ou libertação
Me faça eu por mais temido
Na verdade da união

Me findo de desejo evidente
E transcrevo por final
Na verdade inconviniente
Mora o erro mais fatal