sábado, 6 de fevereiro de 2010

A lei dos mortos

Sempre vi e ouvi crescer,
Os sussuros dos mais temidos,
Entendesse pra meu ser,
Se então ao meu temer,
Fossem sempre tão parecidos.

E mais diferentes na costura,
Se fizesse outro vestido,
Não sab'ia que ternura,
Me faria o corrigido.

Não me sei expelir em doença,
E menos falta para demora,
De chegar à minha crença,
De que menos falta à hora.

E em tempo ou contra-vida,
Vai suando em minha face,
Se a paixão fosse esquecida,
Viveria outro enlace.

Não tão pode ser o ponto,
Se amor não é não mais sei ver,
Estima em vida se tão tonto,
Cair fundo e me perder.

"Dimais" pensa o meu pensar,
"Kanto" o choro se chorar,
Preso à vida se me desse,
Pelo mais que ansiar.

Terço e no futuro eu paro
Se presente é a razão,
Me elevo ao que não reparo,
Pois só mando na emoção.

E razão não conheci,
Pois mais que não sei se agora,
Fosse a razão em que me perdi,
A razão da minha demora,

E indeciso me vai caindo,
Quanto mais passa do "cronos"
Espero a moça que saindo
Me diga quem já não nos fomos.

Pára assim ó tão cruel,
E segue a alma do ministro,
Se for essa a solução,
Deixa andar o meu sinistro.

2 comentários:

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